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Músico, vivo, questionador, aprendiz

segunda-feira, junho 25, 2007

Certas Canções

Caçador de mim

Por tanto amor / Por tanta emoção / A vida me fez assim / Doce ou atroz / Manso ou feroz / Eu caçador de mim

Preso a canções / Entregue a paixões / Que nunca tiveram fim / Vou me encontrar / Longe do meu lugar / Eu, caçador de mim

Nada a temer senão o correr da luta / Nada a fazer senão esquecer o medo / Abrir o peito a força, numa procura / Fugir as armadilhas da mata escura

Longe se vai / Sonhando demais / Mas onde se chega assim / Vou descobrir / o que me faz sentir / Eu, caçador de mim

(Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão)












(foto: Arley - violão do Arley)

Certas Canções

Certas canções que ouço / cabem tão dentro de mim / que perguntar carece / Como não fui eu que fiz

Certa emoção me alcança / Corta minha alma sem dor / certas canções me chegam / Como se fosse o amor

Contos da água e do fogo / cacos de vidas no chão / Cartas do sonho do povo / o coração do cantor

Vida e mais vida ou ferida / Chuva, outono Carvão e giz abrigo / Gesto molhado no olhar

Calor que invade, arde, queima, encoraja / Amor que invade, arde, carece de cantar

(Tunai/ Milton Nascimento)

segunda-feira, junho 18, 2007

Fazenda

na chuva de idéias, na estrada sinuosa
não havia luzes, apenas sons
as vezes choros, muitos risos
flautas e clarinetas, latidos em lá maior

frases semi-com-fusas
confusões diminutas
euforias etílicas e de copinhos-de-leite
duos, trios, solos de tuba - deleites

o palácio que foi casa
depois, qualquer casa, palácio!

sábado, junho 16, 2007

Dói sem desatinar

Já não tento conciliar
sua dor com a minha
Estou doendo separado
Até aceito essa dor,
triste é não ter afago,
nenhuma esperança
isso é doer sem solução
sem prazo

Minha saudade não aceita prestações
vem sempre à vista, numa só tacada
penso se a sua é assim todo dia, aos poucos
ou se é do tamanho da minha, porém, diária

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Queria conseguir te levar pela mão
levo-te apenas no coração, no lembrar
e em certos tempos no esquecer

sexta-feira, junho 15, 2007

some like that


Head over feet

I had no choice but to hear you
You stated your case time and again
I thought about it

You treat me like I´m a princess
I´m not used to liking that
You ask how my day was

You´ve already won me over in spite of me
Don´t be alarmed if I fall head over feet
Don´t be surprised if I love you for all that you are
I couldn´t help it
It´s all your fault

Your love is thick and it swallowed me whole
You´re so much braver than I gave you credit for
That´s not lip service

You are the bearer of unconditional things
You held your breath and the door for me
Thanks for your patience

You´re the best listener that I´ve ever met
You´re my best friend
Best friend with benefits
What took me so long

I´ve never felt this healthy before
I´ve never wanted something rational
I am aware now
I am aware now

Segundo movimento


Música para ouvir, feita por um surdo. Com minha vida danificada (Adorniana) acho pouco provável alguém superar Beethoven em sua façanha de final de vida. Um sujeito pouco sociável, "proprietário de um cérebro", solitário e romântico, e capaz de canalizar, ou isolar talvez, todos os sentimentos bons e ruins criando assim uma música tão intensa. Hoje escuto a sua nona sinfonia e fico ainda impressionado e incapaz de descrever o que aquela "música pura" é capaz de me transmitir, até de me transportar e transformar. Recomendo a todos os meus amigos ouvirem a nona sinfonia inteira e com toda a concentração. Digo mais, não façam isso com fones de ouvido nem misturem com nenhuma outra tarefa. Ouçam apenas. A música é a linguagem mais bela do ser humano.

Particularmente gosto mais do segundo movimento.

sexta-feira, junho 08, 2007

Gramática


ALITERAÇÃO pode ser usada para dar ritmo, rima, rumo, repetindo certo som consonantal.
ASSONÂNCIA também serve pra rima, como o exemplo acima, mas prima pela vogal.
PARANOMÁSIA é como o jogo de tranças, que tranca e se retranca no tronco dos versos.

ELIPSE, um ou outro sabe usar.
ZEUGMA é comumente usado pelo bom escritor; eu, nem tanto.
SILEPSE, vossa excelência precisa ser sábio para usar corretamente.
POLISSÍNDETO pode ser usado para enfatizar ou pode ser usado para "encher linguiça".
PLEONASMO é dizer o que foi dito oficializado pela Prefeitura Municipal.
ANÁFORA é usada em poesia, é usada em versos, é usada em letra de música.
ANACOLUTO, precisarei de tempo para saber exemplificar.

As METÁFORAS são como aulas de canto.
Para entender METONÍMIA é preciso ler Cipro Neto.
PERÍFRASE é uma especialidade de quem pede ao garçom a "dolorosa".
SINESTESIA é quando você vê de longe o cheiro de um som.
CATACRESE devia ser explicada nos pés-de-página.

EUFEMISMOS são apenas pequenas "inverdades".
ANTÍTESE é o preto no branco!
A PROSOPOPÉIA mesma irá dizer quem ela é.
A IRONIA... ah! Eu não sirvo pra essas coisas!
Posso dar milhões de exemplos de HIPÉRBOLE.
A GRADAÇÃO é uma sequência, uma acumulação, um encadeamento, uma progressão de idéias.
Oh Senhor! Não sei como explicar o que é APÓSTROFE!